enquanto eu lido com o maior desastre natural que o tdah já me causou e tento dar pé com esse blog, outras 48 abas estão abertas no meu navegador. quarenta e oito. seria mais se eu não tivesse excluído o facebook mais cedo. mas essa é outra história. o fato é que são 48 abas abertas e todas são tão importantes quanto limpar os destroços do meu furacão ou domá-lo aqui, nessas linhas.
temos abas para todos os gostos: de tutoriais de decoração para quem tem pouco ou nenhum dinheiro até pdf de leis sobre concessão pública e estelionato. passando, claro, pelos textos feministas cruciais que eu jamais lerei ou as receitas veganas que eu não vou fazer porque não há de sobrar tempo entre administrar meu caos e a hora de parar tudo e correr pro boxe.
pensei, primeiro, nesse blog como um guia para leitores transtornados - meu jeitinho de agradecer a outros blogueiros que me ajudaram e me permitiram dizer 'é isso, eu não estou louca (sozinha)' toda vez que via minha ~ personalidade ~ refletida em um texto alheio.
então lá vai a primeira dica: pratique um esporte, qualquer um. eu gosto do tatame por dois motivos: o primeiro é que eu preciso estar inteira lá. e esse é um esforço sobre-humano (((nada me estimula mais do que esforços sobre-humanos aliás))). depois vem a consciência corporal que a arte marcial me proporciona: um real divisor de águas na rotina de me arrebentar em todos os móveis e batentes e calçadas e objetos que nem existem na verdade. sim! tem um terceiro motivo, quase esqueço: é preciso saber se defender quando se nasce mulher e não se está tão atenta assim aos perigos.
vamos parando esse texto por aqui que ele precisa ser atrativo aos transtornados e eu preciso trabalhar pra pagar as contas que fiz num surto consumista / ir à terapia / ir ao box / lidar com todas aquelas obrigações triviais que viram monstros se você é desatenta, impaciente, hiperativa, compulsiva, desorganizada, perfeccionista e impulsiva.
volto sempre (ou ao menos sempre que a ritalina fizer efeito)
